Em ritmo frenético, grupo de costura da Vila produz mais de 300 máscaras por dia
A pandemia de Covid-19 tem alterado significativamente o modo de trabalho em todo o mundo e, entre as principais recomendações diante dessa nova realidade, está o uso de máscaras faciais como medida de prevenção ao contágio pelo novo coronavírus.
Desde a primeira notificação da doença no país, a Vila vem adotando novas medidas de trabalho, alterando os processos internos e externos para proteger, dentro do que é possível fazer, pacientes e colaboradores da instituição.
Atualmente, e entre tantas outras recomendações, a Vila instituiu o uso obrigatório de máscaras pelos colaboradores para a circulação dentro da entidade.
E para atender às exigências de trocas periódicas do item e considerando uma instituição com mais de 700 colaboradores, a demanda por este equipamento de proteção individual é enorme.
Produção de máscaras faciais
Para atender a esta demanda, portanto, a Vila está fabricando, em média, 320 máscaras por dia, que são destinadas aos colaboradores de toda a casa. A produção é feita no Grupo de Costura da instituição, que, em ritmo frenético de produção, entrega o material.
“Estamos, como se diz, em precaução dobrada. Então, se antes o nosso consumo de máscaras já era grande, agora, com a pandemia, está maior ainda”, diz a supervisora do projeto e da lavanderia da Vila São Cottolengo, Meire Nancy.
A colaboradora Fernanda de Jesus, que trabalha no Grupo de Costura há quase cinco anos, diz que é gratificante o trabalho: “A gente se dedica bastante, faz as roupas para os meninos. E a gente faz por amor também, não é só um trabalho, eu tenho muito orgulho de saber que os pacientes vestem aquilo que foi feito pelas nossas mãos”.
Sobre a produção atual de máscaras, Fernanda, com muito otimismo, afirma: “tivemos que parar a nossa produção de rotina, mas estamos fabricando um item de muita necessidade também, até porque protegendo os colaboradores a gente, automaticamente, protege também os pacientes, e logo a gente vai poder chegar perto deles de novo. Eu estou pedindo a Deus que isso passe logo”.
Especificações
As máscaras confeccionadas na Vila São Cottolengo seguem as orientações disponibilizadas no Projeto EPI, da Universidade Federal de Goiás (UFG), seguindo ainda a recomendação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e as resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
As máscaras são produzidas com o material SMS que, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Não Tecidos e Tecidos Técnicos (Abint), é um material que possui a mesma estrutura de uma máscara cirúrgica tradicional e, portanto, pode ser utilizado por profissionais de saúde definidos pela RDC nº 356, de 23 de março de 2020.
Voluntário no Grupo de Costura
Em situações fora da pandemia, o Grupo de Costura é responsável por fabricar diversos itens para uso exclusivo dos pacientes.
Entre a produção está a confecção de babadores, macacões, coletes, sacos para roupas sujas hospitalares, toalhas, capotes, além de reparos nas roupas dos pacientes.
A supervisora do grupo, Meire Nancy, diz que a produção de macacões, por exemplo, atinge uma média de mais de 100 unidades por semana.
O espaço de costura da Vila São Cottolengo funciona de segunda a sexta, das 7h às 11h ou das 7h às 17h para quem se interessar em ser voluntário no grupo.
Para participar ou obter mais informações, entre em contato por meio do telefone: 62 3506 9245.
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Carolina Simiema
